sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Em Gramado, um ano depois.

 

Ela surgiu na minha vida assim, como quem aparece do nada, como fazem os anjos e as fadas!

A imagem do seu rostinho aparecendo como amiga no Facebook de um colega do meu trabalho, por algumas vezes já havia me despertado a curiosidade. Não tanto pelo conteúdo do seu próprio perfil, quase inativo, com raras postagens falando de cachorrinhos, flores e algumas viagens, mas, sobretudo, pela expressão de doçura e aquele sorriso enigmático revelados nas suas poucas fotos, contrastando com uma elegante postura aristocrática e ao mesmo tempo discreta.

Temendo ser inconveniente, numa atitude atípica, arrisquei pedir que ela me adicionasse como amigo e esperei! Esperei até desistir!... E nada!

Cerca de três ou quatro meses depois, me surpreendi com várias curtidas nas minhas postagens, mostrando que ela não só havia resolvido aceitar, mas também conferiu quem era o ousado!

Com todo o respeito que ela me inspirava, tratei logo de agradecer, deixando clara a minha intenção de simples amizade. E, nas poucas mensagens trocadas, as suas respostas objetivas e excessivamente econômicas nas palavras, não conseguiram disfarçar a sua inteligência e o jeitinho sóbrio, gentil, didático, enfim, encantador!

Mas, semanas depois, ela sumiu de novo!

O tempo passou! Várias semanas, meses talvez!... E durante uma viagem que fiz à Europa, ela voltou a dar sinal de vida. Me desejou boa viagem e que eu aproveitasse o passeio, comentando que adorava Paris e que havia morado e estudado em Londres.

Assim que voltei, ainda mais curioso, retomamos um contato tímido, quando eu comecei a perceber o quanto ela era maravilhosa, descobrindo a cada dia mais belezas, doçura e tantos outros atributos que me encantavam.

Depois de algum tempo, passamos a nos falar por telefone com alguma frequência e, aos poucos, uma confiança mútua começou a existir entre nós, fazendo com que aquela amizade evoluísse na forma de um sentimento cada vez mais consolidado pela cumplicidade, pela confiança e pela admiração que nos unia, apesar da distância que nos separava e tornava quase impossível que algum dia a gente viesse a se conhecer pessoalmente.

Mas, por obra do destino, as minhas férias de janeiro de 2014 que, até então, estavam fadadas ao ostracismo, foram contempladas com uma inusitada e imperdível promoção de viagem para Porto Alegre, permitindo coincidir esse destino com uma viagem dela, programada há tempos para assistir à formatura de uma amiga.

Assim, no dia 10 de janeiro de 2014, no aeroporto de Porto Alegre, pela primeira vez na vida eu pude sentir o toque e o cheiro inebriante de sua pele! E naquele momento trêmulo, dominados pela ansiedade e pelo nervosismo, nenhum de nós pode evitar um longo e emocionado abraço, do qual minha alma nunca mais se desgrudou.


Depois de algumas horas perambulando juntos pela cidade, caminhando sem rumo, tomando sorvete na rua e depois de muitas risadas sem motivo e sem razão, eu descobri que tudo havia mudado na minha vida! Inclusive os planos de ficar apenas quatro dias em Porto Alegre, que se transformaram numa aventura sem compromisso, sem hora nem dia pra acabar e sem destino programado!

Tanto que no dia seguinte almoçávamos em Gramado, na Serra Gaúcha, onde tudo começou de fato. Dois dias depois estávamos em Buenos Aires andando pelas ruas, nos divertindo e nos conhecendo.

Sem nenhuma programação prévia, comemoramos juntos o aniversário dela, que começou com um almoço no centro histórico da cidade, com um Champagne Rosé oferecido pelo restaurante, indo terminar quase ao amanhecer do dia seguinte, numa boate em Recoleta!

Depois dessa viagem o meu acervo de lembranças e saudades nunca mais voltaria a ser como antes! A partir daí, vivemos um ano separados por quase dois mil quilômetros, nos encontrando a cada três ou quatro semanas. Mas, durante todo esse tempo, o meu pensamento permaneceu fixo num só foco! Ela!


Enquanto ela mantinha o seu trabalho como Gerente de Enfermagem num Hospital a 80 km de sua cidade, eu continuava em Brasília conciliando o trabalho, a saudade e um planejamento mágico que, nem sei como, possibilitava a gente se ver periodicamente. Ainda que para isso eu tivesse que me inscrever em corridas de rua de 10 km ou  Meias Maratonas, ora no Rio de Janeiro, ora em Fortaleza. Ainda que ambos tivéssemos que virar a noite no percurso de ida e volta de ônibus entre Teresina e Parnaíba ou entre Fortaleza e Chaval, apenas para passarmos dois dias juntos e depois voltar!

Pode até parecer que foram dias difíceis. Mas não! Nos desdobramos, enfrentamos trancos e barrancos, mas tudo valeu muito a pena e fez história, como na primeira vez que fui a Parnaíba e ela não apareceu pra me pegar na rodoviária (Leia aqui: Minha primeira vez em Parnaíba)!

Foram vários episódios que provocaram ansiedades, preocupações e inseguranças momentâneas, mas que hoje são motivo de riso.

Por isso, ao completar um ano de quando tudo começou, voltamos novamente a Gramado para celebrar e renovar tudo o que for possível ser renovado e, também, pra pedir a Deus que nos permita muitos e muitos anos juntos pra que eu possa retribuir um pouco de tudo o que ela significa pra mim.

Te amo, minha princesa! Quero viver com você pra sempre!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Em Gramado um ano depois

Ela surgiu na minha vida assim, como quem aparece do nada, como fazem os anjos e as fadas!

A imagem do seu rostinho aparecendo como amiga no Facebook de um colega do meu trabalho, por algumas vezes já havia me despertado a curiosidade. Não tanto pelo conteúdo do seu próprio perfil, quase inativo, com raras postagens falando de cachorrinhos, flores e algumas viagens, mas, sobretudo, pela expressão de doçura e aquele sorriso enigmático revelados nas suas poucas fotos, contrastando com uma elegante postura aristocrática e ao mesmo tempo discreta.

Temendo ser inconveniente, numa atitude atípica, arrisquei pedir que ela me adicionasse como amigo e esperei! Esperei até desistir!... E nada!

Cerca de três ou quatro meses depois, me surpreendi com várias curtidas nas minhas postagens, mostrando que ela não só havia resolvido aceitar, mas também conferiu quem era o ousado!

Com todo o respeito que ela me inspirava, tratei logo de agradecer, deixando clara a minha intenção de simples amizade. E, nas poucas mensagens trocadas, as suas respostas objetivas e excessivamente econômicas nas palavras, não conseguiram disfarçar a sua inteligência e o jeitinho sóbrio, gentil, didático, enfim, encantador!

Mas, semanas depois, ela sumiu de novo!

O tempo passou! Várias semanas, meses talvez!... E durante uma viagem que fiz à Europa, ela voltou a dar sinal de vida. Me desejou boa viagem e que eu aproveitasse o passeio, comentando que adorava Paris e que havia morado e estudado em Londres.

Assim que voltei, ainda mais curioso, retomamos um contato tímido, quando eu comecei a perceber o quanto ela era maravilhosa, descobrindo a cada dia mais belezas, doçura e tantos outros atributos que me encantavam.

Depois de algum tempo, passamos a nos falar por telefone com alguma frequência e, aos poucos, uma confiança mútua começou a existir entre nós, fazendo com que aquela amizade evoluísse na forma de um sentimento cada vez mais consolidado pela cumplicidade, pela confiança e pela admiração que nos unia, apesar da distância que nos separava e tornava quase impossível que algum dia a gente viesse a se conhecer pessoalmente.

Mas, por obra do destino, as minhas férias de janeiro de 2014 que, até então, estavam fadadas ao ostracismo, foram contempladas com uma inusitada e imperdível promoção de viagem para Porto Alegre, permitindo coincidir esse destino com uma viagem dela, programada há tempos para assistir à formatura de uma amiga.

Assim, no dia 10 de janeiro de 2014, no aeroporto de Porto Alegre, pela primeira vez na vida eu pude sentir o toque e o cheiro inebriante de sua pele! E naquele momento trêmulo, dominados pela ansiedade e pelo nervosismo, nenhum de nós pode evitar um longo e emocionado abraço, do qual minha alma nunca mais se desgrudou.


Depois de algumas horas perambulando juntos pela cidade, caminhando sem rumo, tomando sorvete na rua e depois de muitas risadas sem motivo e sem razão, eu descobri que tudo havia mudado na minha vida! Inclusive os planos de ficar apenas quatro dias em Porto Alegre, que se transformaram numa aventura sem compromisso, sem hora nem dia pra acabar e sem destino programado!

Tanto que no dia seguinte almoçávamos em Gramado, na Serra Gaúcha, onde tudo começou de fato. Dois dias depois estávamos em Buenos Aires andando pelas ruas, nos divertindo e nos conhecendo.

Sem nenhuma programação prévia, comemoramos juntos o aniversário dela, que começou com um almoço no centro histórico da cidade, com um Champagne Rosé oferecido pelo restaurante, indo terminar quase ao amanhecer do dia seguinte, numa boate em Recoleta!

Depois dessa viagem o meu acervo de lembranças e saudades nunca mais voltaria a ser como antes! A partir daí, vivemos um ano separados por quase dois mil quilômetros, nos encontrando a cada três ou quatro semanas. Mas, durante todo esse tempo, o meu pensamento permaneceu fixo num só foco! Ela!


Enquanto ela mantinha o seu trabalho como Gerente de Enfermagem num Hospital a 80 km de sua cidade, eu continuava em Brasília conciliando o trabalho, a saudade e um planejamento mágico que, nem sei como, possibilitava a gente se ver periodicamente. Ainda que para isso eu tivesse que me inscrever em corridas de rua de 10 km ou  Meias Maratonas, ora no Rio de Janeiro, ora em Fortaleza. Ainda que ambos tivéssemos que virar a noite no percurso de ida e volta de ônibus entre Teresina e Parnaíba ou entre Fortaleza e Chaval, apenas para passarmos dois dias juntos e depois voltar!

Pode até parecer que foram dias difíceis. Mas não! Nos desdobramos, enfrentamos trancos e barrancos, mas tudo valeu muito a pena e fez história, como na primeira vez que fui a Parnaíba e ela não apareceu pra me pegar na rodoviária (Leia aqui: Minha primeira vez em Parnaíba)!

Foram vários episódios que provocaram ansiedades, preocupações e inseguranças momentâneas, mas que hoje são motivo de riso.

Por isso, ao completar um ano de quando tudo começou, voltamos novamente a Gramado para celebrar e renovar tudo o que for possível ser renovado e, também, pra pedir a Deus que nos permita muitos e muitos anos juntos pra que eu possa retribuir um pouco de tudo o que ela significa pra mim.

Te amo, minha princesa! Quero viver com você pra sempre!

Em Gramado Um Ano Depois

Ela surgiu na minha vida assim, como quem aparece do nada, como fazem os anjos e as fadas!

A imagem do seu rostinho aparecendo como amiga no Facebook de um colega do meu trabalho, por algumas vezes já havia me despertado a curiosidade. Não tanto pelo conteúdo do seu próprio perfil, quase inativo, com raras postagens falando de cachorrinhos, flores e algumas viagens, mas, sobretudo, pela expressão de doçura e aquele sorriso enigmático revelados nas suas poucas fotos, contrastando com uma elegante postura aristocrática e ao mesmo tempo discreta.

Temendo ser inconveniente, numa atitude atípica, arrisquei pedir que ela me adicionasse como amigo e esperei! Esperei até desistir!... E nada!

Cerca de três ou quatro meses depois, me surpreendi com várias curtidas nas minhas postagens, mostrando que ela não só havia resolvido aceitar, mas também conferiu quem era o intrometido!

Com todo o respeito que ela me inspirava, tratei logo de agradecer, deixando clara a minha intenção de simples amizade. E, nas poucas mensagens trocadas, as suas respostas objetivas e excessivamente econômicas nas palavras, não conseguiram disfarçar a sua inteligência e o jeitinho sóbrio, gentil, didático, enfim, encantador!

Mas, semanas depois, ela sumiu de novo!

O tempo passou! Várias semanas, meses talvez!... E durante uma viagem que fiz à Europa, ela voltou a dar sinal de vida. Me desejou boa viagem e que eu aproveitasse o passeio, comentando que adorava Paris e que havia morado e estudado em Londres.

Assim que voltei, ainda mais curioso, retomamos um contato tímido, quando eu comecei a perceber o quanto ela era maravilhosa, descobrindo a cada dia mais belezas, doçura e tantos outros atributos que me encantavam.

Depois de algum tempo, passamos a nos falar por telefone com alguma frequência e, aos poucos, uma confiança mútua começou a existir entre nós, fazendo com que aquela amizade evoluísse na forma de um sentimento cada vez mais consolidado pela cumplicidade, pela confiança e pela admiração que nos unia, apesar da distância que nos separava e tornava quase impossível que algum dia a gente viesse a se conhecer pessoalmente.

Mas, por obra do destino, as minhas férias de janeiro de 2014 que, até então, estavam fadadas ao ostracismo, foram contempladas com uma inusitada e imperdível promoção de viagem para Porto Alegre, permitindo coincidir esse destino com uma viagem dela, programada há tempos para assistir à formatura de uma amiga.

Assim, no dia 10 de janeiro de 2014, no aeroporto de Porto Alegre, pela primeira vez na vida eu pude sentir o toque e o cheiro inebriante de sua pele! E naquele momento trêmulo, dominados pela ansiedade e pelo nervosismo, nenhum de nós pode evitar um longo e emocionado abraço, do qual minha alma nunca mais se desgrudou.


Depois de algumas horas perambulando juntos pela cidade, caminhando sem rumo, tomando sorvete na rua e depois de muitas risadas sem motivo e sem razão, eu descobri que tudo havia mudado na minha vida! Inclusive os planos de ficar apenas quatro dias em Porto Alegre, que se transformaram numa aventura sem compromisso, sem hora nem dia pra acabar e sem destino programado!

Tanto que no dia seguinte almoçávamos em Gramado, na Serra Gaúcha, onde tudo começou de fato. Dois dias depois estávamos em Buenos Aires andando pelas ruas, nos divertindo e nos conhecendo.

Sem nenhuma programação prévia, comemoramos juntos o aniversário dela, que começou com um almoço no centro histórico da cidade, com um Champagne Rosé oferecido pelo restaurante, indo terminar quase ao amanhecer do dia seguinte, numa boate em Recoleta!

Depois dessa viagem o meu acervo de lembranças e saudades nunca mais voltaria a ser como antes! A partir daí, vivemos um ano separados por quase dois mil quilômetros, nos encontrando a cada três ou quatro semanas. Mas, durante todo esse tempo, o meu pensamento permaneceu fixo num só foco! Ela!


Enquanto ela mantinha o seu trabalho como Gerente de Enfermagem num Hospital a 80 km de sua cidade, eu continuava em Brasília conciliando o trabalho, a saudade e um planejamento mágico que, nem sei como, possibilitava a gente se ver periodicamente. Ainda que para isso eu tivesse que me inscrever em corridas de rua de 10 km ou  Meias Maratonas, ora no Rio de Janeiro, ora em Fortaleza. Ainda que ambos tivéssemos que virar a noite no percurso de ida e volta de ônibus entre Teresina e Parnaíba ou entre Fortaleza e Chaval, apenas para passarmos dois dias juntos e depois voltar!

Pode até parecer que foram dias difíceis. Mas não! Nos desdobramos, enfrentamos trancos e barrancos, mas tudo valeu muito a pena e fez história, como na primeira vez que fui a Parnaíba e ela não apareceu pra me pegar na rodoviária (Leia aqui: Minha primeira vez em Parnaíba)!

Foram vários episódios que provocaram ansiedades, preocupações e inseguranças momentâneas, mas que hoje são motivo de riso.

Por isso, ao completar um ano de quando tudo começou, voltamos novamente a Gramado para celebrar e renovar tudo o que for possível ser renovado e, também, pra pedir a Deus que nos permita muitos e muitos anos juntos pra que eu possa retribuir um pouco de tudo o que ela significa pra mim.

Te amo, minha princesa! Quero viver com você pra sempre!

domingo, 20 de julho de 2014

Aos Meus Amigos

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.

Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam
- ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os".


[Vinicius de Moraes]

terça-feira, 3 de junho de 2014

Samara

Gosto da tua boca e do teu olhar
Da tua voz doce, do teu jeito de falar
Dos cabelos fartos, dos teus lábios cálidos,
Do teu toque macio, do perfume do teu hálito
De como fazes amor, do teu riso, teu suor
Do teu sussurro que me chama sem pudor.
Gosto da tua pele de veludo, teu sabor
Tua alma, tua calma, teu abraço, teu humor.


Marcio Almeida

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Dicas de Enologia: Decanter não é só frescura

Vinhos envelhecidos entre 5 e 8 anos, denominados "Vinhos Jovens", cujo processo de maturação ainda não foi suficiente para eliminar o excesso de Tanino, devem necessariamente passar pela decantação de 15 até 60 ou 80 minutos, dependendo da "dureza" de cada vinho.
O Tanino é uma substância produzida pela videira, uma espécie de polifenol, cuja finalidade é proteger as uvas contra ataques de pragas e insetos. No vinho a sua presença é responsável por aquele sabor amargo e adstringente, típico de fruta verde.
No decanter, ao entrar em contato com o ar, o Tanino reage quimicamente com oxigênio e se decompõe por oxidação, acelerando a maturação do vinho, por conseqüência, reduzindo eventuais excessos de madeira nos aromas e nos sabores, diminuindo a tenacidade e a agressividade e propiciando mais maciez e harmonia ao paladar.
Porém, recomenda-se não exagerar no tempo de decantação para não reduzir muito o teor alcoólico do vinho pela evaporação. Cada vinho deve ter seu tempo de decantação dimensionado com critério.
Para preservar a temperatura durante o processo de decantação, eu recomendo manter o decanter na geladeira, entre 8 e 15 graus (eu gosto de vinho mais gelado). Ou, então, coloque seu decanter em uma travessa ou outro recipiente de vidro ou cristal apropriado, de maneira que fique um "ninho" de cubos de gelo em torno da sua base. Não use uma travessa ou um prato qualquer, pra não comprometer a estética do conjunto. Afinal, o decanter é importante componente do visual do cenário, juntamente com as taças.
Há também decanters que têm um porta gelo integrado, mas não os acho muito elegantes, além de serem muito caros.
Por sua vez, os vinhos envelhecidos por 10, 20, 100 ou mais anos, também chamados "Vinhos Maduros", também necessitam ser decantados para separar a borra que naturalmente se forma no fundo da garrafa ao longo dos anos. Pra quem pode consumir essas preciosidades, valem as mesmas regras, obviamente com decanters de cristal fino :-)

Fontes:
1) Revista Adega
2) Falando de Vinhos

terça-feira, 6 de maio de 2014

Como funcionam as bolsas de valores.


Era uma vez...
Lá em Carmo do Paranaíba um *Mascate chegou anunciando que compraria tatu por $10 cada. Então, as pessoas do lugar foram à caça e, assim, o mascate comprou centenas de tatus por $10.
Com o tempo a oferta de tatus começou a diminuir, mas o Mascate anunciou que agora pagaria $20. Com isso, o povo redobrou os esforços e voltou à caça.
Porém, os tatus foram ficando cada vez mais escassos e cada vez mais as pessoas foram desistindo do negócio. Então, o preço foi elevado para $25. Mesmo assim, quase ninguém mais se interessava, pois a caça estava rara e difícil.
O mascate então anunciou que pagaria $50 por tatu. Em seguida, viajou pro Mato Grosso, deixando um ajudante pra cuidar do negócio.
Na ausência do Mascate, o ajudante chamou os homens do lugar e propôs:
- Eu tenho muitos tatus comprados pelo Mascate e posso vendê-lospor $35 cada. Quando o mascate voltar vocês revendem a ele por $50.
Animado, o povo da cidade juntou as suas economias e comprou todos os tatus do ajudante.
Só que depois disso ninguém mais teve notícias nem do ajudante nem do Mascate, ficando o povo com as casas e fazendas lotadas de tatus. Ninguém mais agüentava ver tanto tatu fazendo lambança pra todo lado.
Até que um belo dia, para alívio da população, outro Mascate chegou na cidade anunciando que compraria Tatus a $10 cada!

É assim que funciona o mercado de ações! Só que ao invés de tatu, os negociantes vendem e compram papéis que representam a participação acionária em empresas.

Assim, mal comparando, temos:


  1. O Mascate é o Investidor que compra, com expectativa de obter lucro algum dia, pagando preços  definidos meramente por fatores especulativos e que não têm nada a ver com o negócio propriamente dito.
  2. O Ajudante do Mascate são as Bolsas de valores e instituições financeiras que fazem a intermediação e a negociação das ações, faturando alto e gerando ganhos especulativos para as empresas, sem produzir nada.
  3. Os Caçadores de Tatu são os Empresários e empreendedores que se desdobram para produzir, motivados pelo dinheiro especulativo do investidor. 

*Mascate: negociante que no passado saía pelo mundo comprando e vendendo coisas.



sábado, 15 de março de 2014

Beija Flor Azul

Beija Flor azul que canta, me chama...
Me empresta suas asas, me ajuda a entender
Quero te amar, quero ainda ser
Eu sempre sonhei te olhar, te olhar...
Te levar a voar!

Beija Flor azul que chora, me ama...
Me empresta seus olhos, me ensina a sorrir
Quero olhar, te sentir
Eu nunca pensei me afastar desse olhar
Tampouco chorar!

Beija Flor azul, vamos por aí!
Te dou uma flor, te faço um carinho
Te levo no colo, preparo o seu ninho. 
Eu não sei o caminho! Venha me mostrar
Me deixe te olhar!

Pergunto aos meus olhos! Que tristeza sem hora?
Oh, sentença dura, você ter que ir embora!
Mas aprendo de novo, custe o que custar
A ser engraçado pra te alegrar

Beija Flor azul, me deixa voar
No céu colorido que você me dá.
A hora é agora, mas não quero ir.
Eu sei, tá na hora, mas não sei te deixar!
Então só me olhe, não saia daqui...

Leia também Minha filha


Marcio Almeida é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Informática, Especialista em Direito Administrativo Disciplinar, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, Diplomado da Escola Superior de Guerra, MM∴, Escritor, Músico Amador, Meio-Maratonista, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Meu Filho

Se tantas vezes eu perdi a noção da hora

Se teu choro de bebê me falta agora
Me diga, então, que forças tenho para partir?
  
Se ao nasceres, me fez sonhar feito um bobo alegre
Rompi com o mundo, rasguei meus planos, mudei as regras...
Me diga agora, que rumo eu tenho para seguir?

Se em nossas travessuras e histórias de noites eternas
Já confundimos e misturamos as nossas pernas
E agora? Diga que pernas eu terei para sair?

Se na bagunça organizada do guarda roupa
Meu paletó, seu canivete e sua lupa
Não sei escolher o que pegar antes de ir!

Se entornaram a nossa sorte pelo chão
Indiferentes ao amor puro do teu coração!
Daí meu sangue errou de veia e se esvaiu...

Deixo meus olhos e minha alma tomando conta
O amor que é seu, decerto não te desaponta
Então, se cuide, e assim posso partir...


(Inspirado no poema "Eu te Amo" de Chico Buarque de Holanda)

Feliz Aniversário, Meu Filho!
Homenagem ao meu filho Tiago, pela passagem do seu 8º aniversário, em 12/03/2014.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Minha Filha.

Ela é brinquedo espalhado,
Controle remoto mastigado 
É computador desligado no tranco, porta do banheiro trancada por dentro,
A bagunça e o agito que me alegram tanto.

Ela sabe tudo e quer me ensinar
Me conta, me mostra, corrige com um gesto!

Ela é o valor do trabalho,
a vontade de aprender
A força pra lutar,
a minha fraqueza,
a minha riqueza.

Ela é o aperto no meu peito diante da escada, o cheirinho gostoso no meu travesseiro.

É o meu vazio triste no silêncio a dormir, o meu sono leve na noite a velar, o meu ouvido aguçado enquanto durmo.

Ela é a alegria quando me chama,
a paz quando me abraça,
a emoção quando me olha,
O meu cuidado,
A minha fé!

O meu gosto pela vida,
a minha admiração pelas crianças,
o meu amor por Deus.
É o meu ontem,
o meu hoje,
o meu amanhã...

Ela é a vontade,
a inspiração,
a lição,
o dever...

Ela é a presença,
a surpresa,
a esperança...

A minha dedicação.
A minha oração.
A minha gratidão.
O meu amor mais puro e mais bonito.
Enfim, a minha vida!
A saudade mais doída!...
Te amo, minha filha!

Leia também: Beija flor azul